sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O problema da logística brasileira


De tudo que é transportado no Brasil, 58% vão por estradas e 28%, seguem por ferrovias. Nos Estados Unidos, o transporte é feito, sobretudo, por trens. Em todo Brasil são 28 mil quilômetros de malha ferroviária. Nos Estados Unidos, 10 vezes mais (280 mil).

O problema brasileiro não é apenas a malha ferroviária pequena, mas a ociosidade dos trilhos. Menos da metade, 12 mil quilômetros, é usada com frequência. Nos Estados Unidos, tudo é usado.

A situação das rodovias é ainda mais crítica. São 1,6 milhão de estradas no Brasil, mas apenas 200 mil quilômetros asfaltados. Os Estados Unidos têm mais de seis milhões de quilômetros de estradas, 70% com asfalto. Para piorar, a estrada não asfaltada é mais perigosa e dá mais prejuízo. Um caminhão que usa estradas de terra gasta mais gastos com pneu, combustível e peças.


Em média, gasta 30% a mais, custo que é repassado aos produtos transportados. “Nós sabemos que muitas coisas que hoje se transporta por rodovia, não deveria estar lá. O que significa o seguinte: produtos mais baratos chegam para nós mais caros por causa da ineficiência logística brasileira. Ferrovia e rodovia hoje no Brasil elas competem, são concorrentes, no mundo desenvolvido, elas são complementarem. Produto mais adequado para ferrovia, anda no trem, produto mais adequado para rodovia, anda no caminhão. No Brasil não é assim”, fala o coordenador do núcleo de infraestrutura e logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende.

Fonte: Jornal da Globo

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Caminhões estão envolvidos em 24% dos acidentes fatais deste ano


No Rio Grande do Sul, os caminhões são responsáveis por 24% dos acidentes com morte ocorridos este ano no estado. O levantamento foi feito pelo Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS), que ao contabilizar os mais de 900 acidentes que ocorreram no período de janeiro a junho, detectaram que 219 envolveram pelo menos um caminhão. Os números se tornam ainda mais agravantes quando colocados em confronto com o tamanho da frota: caminhões representam uma fatia de 5% da frota gaúcha.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a principal razão dos acidentes é a quantidade excessiva de horas que os motoristas passam dirigindo. Algumas empresas geralmente pagam por produtividade e isso estimula os caminhoneiros a descansarem menos do que o necessário.

O que pode ajudar a reverter essa situação é o cumprimento da lei federal que regulamenta a profissão dos transportadores. A legislação agora oferece uma pausa a cada quatro horas de viagem, bem como intervalo para refeições e descanso diário de 11 horas por dia. A fiscalização da nova lei começa em setembro e a nova regulamentação é desacreditada pelos caminhoneiros. A classe acredita não ser possível cumprir os períodos de descanso, pois os prazos de entrega das cargas estão cada vez mais apertados.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Órgãos de defesa dos caminhoneiros discutem melhorias para a classe


Aconteceu ontem, em Brasília, uma reunião que pode trazer mudanças positivas aos caminhoneiros. Durante quatro horas, o movimento União Brasil Caminhoneiro, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos e o secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, se reuniram para debater exigências imediatas dos caminhoneiros.


Entre os temas discutidos na reunião estavam: a falta de infraestrutura nas estradas, que não cumpre uma lei que estabelece paradas obrigatórias de descanso, e a concessão de licenças para empresas de outros setores também atuarem na área de transportes, que prejudica o faturamento da classe, implantando concorrência que age fora do ramo.


O que se decidiu de imediato foi que todas as reivindicações serão estudadas dentro de quatro grupos de trabalho. Esses grupos farão a análise das normas e regulamentos, questões fiscais e tributárias, construção dos tão pedidos pontos de parada e os aspectos jurídicos das demandas. Apesar da discussão toda, o Ministério do Trabalho já anunciou que não conseguirá atender todos os pedidos e que, durante o período de debate (um mês), a fiscalização do cumprimento da jornada de trabalho fica suspensa.


E, enquanto a reunião acontecia, um grupo de caminhoneiros esperava, ansiosamente, os resultados do debate, no saguão da Agência Nacional de Transportes Terrestres.


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Atendendo a pedidos: a receita do arroz-carreteiro

Ontem (propositalmente na hora do almoço), o blog trouxe um pouco da história do arroz-carreteiro. O prato, que era uma comida exclusivamente dos viajantes, agora faz parte das mesas dos brasileiros. Por isso, o blog atende aos pedidos dos nossos leitores e traz a receita do arroz-carreteiro da foto que ilustrou a postagem de ontem. Aprecie essa iguaria genuinamente brasileira.

Arroz-carreteiro do blog: deixando leitores com água na boca

Ingredientes:

100 g de bacon em cubinhos;
½ xícara (chá) de óleo;
1 ½ kg de carne-seca dessalgada em cubinhos;
2 cebolas picadas;
3 dentes de alho picados;
2 ½ xícaras (chá) de arroz;
5 xícaras (chá) de água fervente;
5 tomates picados sem pele e sementes;
Sal;
½ xícara (chá) de salsa picada.


Modo de preparo:

Coloque o bacon em uma panela de ferro grande. Leve ao fogo e deixe que frite na própria gordura até dourar. Acrescente metade do óleo, espere aquecer e junte a carne-seca. Deixe fritar até que comece a dourar. Adicione a cebola e o alho, deixe fritar por mais alguns minutos. Comece a colocar água quente aos poucos, sempre mexendo, até que a carne cozinhe e fique macia. Reserve.

Em outra panela, coloque o restante do óleo e do arroz. Leve ao fogo e deixe fritar por alguns minutos. Acrescente os tomates, sal, e refogue mais um pouco. Adicione água quente até cobrir o arroz, abaixe o fogo e deixe cozinhar com a panela tampada. Misture a carne com o arroz em uma travessa. Polvilhe com salsinha e sirva.


A receita rende quatro porções. Bom apetite!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Arroz-carreteiro, o queridinho dos caminhoneiros



Típico da culinária brasileira, e mais típico ainda da culinária “caminhoneira”, o arroz carreteiro é daqueles pratos que surgiram pela necessidade de algo para comer, mas que ganharam status cultural anos depois.


O prato é simples: consiste basicamente em um guisado feito com arroz e charque, que, em tempos modernos, é substituído por carne moída e outras sobras de carne bovina. Outros ingredientes, como legumes e bacon, são colocados a gosto do cozinheiro. 




Feito inicialmente pelos carreteiros – transportadores de carga que tinham como meio de transporte carroças puxadas por bois e cavalos -, o arroz é até hoje muito lembrado pelos caminhoneiros na hora das refeições, devido à facilidade do preparo.


Típico da região sul (mais precisamente do Rio Grande do Sul), o arroz-carreteiro ganha outros nomes Brasil afora, como “Maria-Isabel”, na região centro-oeste brasileira.


Aproveite as sobras do churrasco de domingo e conheça essa refeição com gosto de viagem.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dicas para antes, durante e após as viagens do caminhoneiro.


Dicas importantes para os caminhoneiros :
Antes de carregar+ Verificar se o caminhão está em condições de enfrentar qualquer viagem;
+ Faça uma boa checagem da parte mecânica, elétrica, pneus, estepe, freios, água etc;
+ Encha o tanque para não precisar parar logo no início da viagem;
+ Escolha bem o seu companheiro de viagem;
+ Confira os documentos da carga – ordem de embarque, nota fiscal -, do caminhão licenciamento, seguro – e pessoais – identidade, habilitação;
Ao sair da transportadora ou da empresa, procure o caminho mais rápido para pegar a estrada;
+ Antes de pegar a estrada, planeje bem a sua viagem (destino, melhor itinerário, cuidados com a carga transportada, paradas para abastecer, alimentar-se e dormir, horários permitidos para descarregar a carga etc).
Durante a viagem+ Respeite as leis de trânsito e sinalização das estradas, dirigindo com segurança e responsabilidade;
+ Não dê carona para pessoas estranhas;
+ Nas paradas para refeição, abastecimento ou manutenção, não comente com ninguém sobre sua carga, nem para onde está indo;
+ Se acontecer algum problema com seu caminhão, faça o possível para chegar a um posto de policiamento rodoviário. Evite ficar parado em lugar deserto;
+ Dormir em lugar que você não conhece é sempre um perigo. Procure o estacionamento de um posto de gasolina ou pare perto de um posto de policiamento rodoviário;
Entrega da carga+ Quando estiver chegando no destino, antes de entrar na cidade, verifique o horário e calcule bem se haverá tempo para entregar a carga no mesmo dia;.se não for possível, vá dormir em um estacionamento seguro, de preferência com segurança armado;
+ Fique atento ao desembarque da carga. Confirme se a carga está em ordem e entregue a documentação;
+ Aproveite que o caminhão ficou vazio e faça uma revisão, verificando novamente os pneus, a parte mecânica, elétrica etc.
Cuide do caminhão+ Evite deixar o veículo aberto ou a chave no contato;
+ Nunca deixe os documentos ou objetos de valor expostos dentro do veículo;
+ Procure estacionar o caminhão em locais apropriados e bem iluminados;
+ Ao receber sinal de estranhos, não pare e nem dê carona;
+ Se possível, instale sistema de alarme e segurança;
+ Faça seguro total (roubo, incêndio);
+ Caso seja abordado por assaltantes armados, não reaja.
(Fonte: Polícia Militar do Estado de São Paulo)