quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Arsênio é detectado em peixes de mercados paulistas


Análises em laboratório feitas pela Proteste - Associação de Consumidores detectaram a presença de arsênio acima dos limites estabelecidos pela lei em 72,5% das amostras de atuns, corvinas, sardinhas e pintados de 16 pontos de venda do Estado de São Paulo.

A entidade esclarece, no entanto, que não foi possível determinar se o arsênio encontrado nos peixes pode causar danos à saúde humana, pois no país ainda não há laboratórios privados que prestem o serviço de análise para diferenciar se o arsênio é orgânico ou inorgânico. O segundo é o mais perigoso.

A substância foi encontrada nos atuns e sardinhas de todos os pontos de venda. Também foi encontrado mercúrio em 58% dos peixes avaliados, mas em quantidades abaixo do limite determinado pela legislação. O mercúrio está relacionado ao aparecimento de doenças renais, hepáticas e no sistema nervoso.

Em comunicado, entidade reivindica uma discussão sobre a diferenciação de frações orgânicas e inorgânicas de arsênio e a disponibilidade de laboratórios privados que a realizem.

Os resultados do teste foram enviados ao Ministério de Agricultura, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, à Coordenação de Vigilância de Saúde de São Paulo e à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.

Apesar dos resultados, a Proteste alerta que os consumidores não devem evitar o consumo de peixes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os brasileiros comem menos pescado do que deveriam. E esse alimento é rico em nutrientes como ômega 3, vitaminas e minerais. A recomendação da entidade é optar por espécies variadas e alternando a frequência com que se faz as receitas.

A compra dos peixes foi feita em novembro de 2012, em 16 estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo. Os peixes foram levados ao laboratório para analisar os teores dos seguintes minerais: arsênio (segundo a legislação, só pode ter até 1 mg/ kg de peixe), cádmio (1 mg/kg), chumbo (2 mg/kg) e mercúrio (0,5 mg/kg, no caso dos peixes não predadores, e 1 mg/kg, predadores).

Com informações UOL.