Análises em laboratório feitas pela Proteste - Associação de
Consumidores detectaram a presença de arsênio acima dos limites estabelecidos
pela lei em 72,5% das amostras de atuns, corvinas, sardinhas e pintados de 16
pontos de venda do Estado de São Paulo.
A entidade esclarece, no entanto, que não foi possível
determinar se o arsênio encontrado nos peixes pode causar danos à saúde humana,
pois no país ainda não há laboratórios privados que prestem o serviço de
análise para diferenciar se o arsênio é orgânico ou inorgânico. O segundo é o
mais perigoso.
A substância foi encontrada nos atuns e sardinhas de todos
os pontos de venda. Também foi encontrado mercúrio em 58% dos peixes avaliados,
mas em quantidades abaixo do limite determinado pela legislação. O mercúrio
está relacionado ao aparecimento de doenças renais, hepáticas e no sistema
nervoso.
Em comunicado, entidade reivindica uma discussão sobre a
diferenciação de frações orgânicas e inorgânicas de arsênio e a disponibilidade
de laboratórios privados que a realizem.
Os resultados do teste foram enviados ao Ministério de
Agricultura, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, à Coordenação de
Vigilância de Saúde de São Paulo e à Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente de São Paulo.
Apesar dos resultados, a Proteste alerta que os consumidores
não devem evitar o consumo de peixes. De acordo com a Organização Mundial da
Saúde, os brasileiros comem menos pescado do que deveriam. E esse alimento é
rico em nutrientes como ômega 3, vitaminas e minerais. A recomendação da
entidade é optar por espécies variadas e alternando a frequência com que se faz
as receitas.
A compra dos peixes foi feita em novembro de 2012, em 16
estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo. Os peixes foram levados ao
laboratório para analisar os teores dos seguintes minerais: arsênio (segundo a
legislação, só pode ter até 1 mg/ kg de peixe), cádmio (1 mg/kg), chumbo (2
mg/kg) e mercúrio (0,5 mg/kg, no caso dos peixes não predadores, e 1 mg/kg,
predadores).
Com informações UOL.