O agricultor Jorge Schinoca colheu 60 mil sacas de milho
safrinha este ano em Jaciara, no sul de Mato Grosso, 20% a mais que na safra
anterior. O grão é do tipo exportação e parte da colheita vai para o mercado
externo.
O agricultor Jorge Schinoca |
Em outubro do ano passado, o armazém já estava vazio, mas
agora, com a alta do frete em mais de 30%, o produtor prefere esperar um pouco
na esperança de valores mais baixos.
O Imea (Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária),
calcula que o frete já subiu em média 40% nos últimos quatro meses em Mato
Grosso. Um exemplo é o trajeto Sorriso-Paranaguá. No começo do ano o valor era
de R$ 165 a tonelada e agora está custando R$ 230, alta de 40%. "Os novos
contratos de soja para março já estão em média em torno de R$ 300, quase o
dobro" explica Cléber Noronha, engenheiro agrônomo do Imea.
A colheita recorde de milho safrinha, rodovias precárias e o
aumento do diesel contribuem para o reajuste no transporte. A lei que
regulamenta o trabalho dos caminhoneiros também interfere. Eles precisam parar
em intervalos regulares durante a viagem e descansam no mínimo 11 horas entre
uma jornada e outra. A expectativa é de que o custo do frete tenha ainda novos
reajustes.
Jorge Schinoca sabe que os custos de produção da safra de
soja que está começando serão maiores, pois trazer o adubo dos Portos já está
mais caro.
A preocupação dos agricultores fica ainda maior tendo em
vista a previsão de que a safra de soja, que vai ser colhida no início do ano
que vem, será recorde.
Com informações Globo Rural.
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