De tudo que é transportado no Brasil, 58% vão por estradas e
28%, seguem por ferrovias. Nos Estados Unidos, o transporte é feito, sobretudo,
por trens. Em todo Brasil são 28 mil quilômetros de malha ferroviária. Nos
Estados Unidos, 10 vezes mais (280 mil).
O problema brasileiro não é apenas a malha ferroviária
pequena, mas a ociosidade dos trilhos. Menos da metade, 12 mil quilômetros, é
usada com frequência. Nos Estados Unidos, tudo é usado.
A situação das rodovias é ainda mais crítica. São 1,6 milhão
de estradas no Brasil, mas apenas 200 mil quilômetros asfaltados. Os Estados
Unidos têm mais de seis milhões de quilômetros de estradas, 70% com asfalto.
Para piorar, a estrada não asfaltada é mais perigosa e dá mais prejuízo. Um
caminhão que usa estradas de terra gasta mais gastos com pneu, combustível e
peças.
Em média, gasta 30% a mais, custo que é repassado aos
produtos transportados. “Nós sabemos que muitas coisas que hoje se transporta
por rodovia, não deveria estar lá. O que significa o seguinte: produtos mais
baratos chegam para nós mais caros por causa da ineficiência logística
brasileira. Ferrovia e rodovia hoje no Brasil elas competem, são concorrentes,
no mundo desenvolvido, elas são complementarem. Produto mais adequado para
ferrovia, anda no trem, produto mais adequado para rodovia, anda no caminhão.
No Brasil não é assim”, fala o coordenador do núcleo de infraestrutura e
logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende.
Fonte: Jornal da Globo
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